domingo, março 12, 2006

Controle de natalidade

Eu não quero ter filhos. Ter filhos é antiquado. Além disso, é um “investimento” muito caro. Além disso, não combina com o perfil de vida que eu quero levar nestes próximos quinze anos.Quanto meus pais gastaram e vem gastando comigo? Quantas vezes esse casal se privou de aumentar a sua qualidade de vida? Que prejuízo! Sem contar que eu tenho uma irmã. Está bem, eu aceito; ter filhos é lindo, sensibilizador, romântico, revolucionário... Mas a questão é: para que se ter mais de duas crianças? Quero dizer, isso para os que têm uma boa renda. Quem não tem como economizar não deve ter mais de uma gestação. Mas quem não tem alguns recursos estáveis e seguros não deverão ter filhos.O princípio prudente é claro: somente deveríamos ter filhos quando pudéssemos dar o “melhor” a eles. O melhor plano de saúde, a melhor educação (escolas, livros), a melhor alimentação, a melhor segurança, o melhor quarto; o melhor conforto e as melhores condições de desenvolvimento, enfim. As gestantes, na maioria das vezes, são umas irresponsáveis e inconseqüentes (filhas de outras gestantes irresponsáveis e inconseqüentes). Vamos tentar fazer um controle de natalidade, é muito melhor e gratificante para o mundo. O ecossistema agradece. E o Tales também.


"No início de 2003, a ONU reviu suas previsões populacionais para os próximos 50 anos. Segundo as novas projeções, 2050 a Terra terá 8,9 bilhões de habitantes. (...) o aumento médio anual da população assume dimensões diferentes quando se vai do mundo subdesenvolvido para o desenvolvido. Enquanto a população dos países ricos cresce pouco - 0,25% ao ano -, a das nações em desenvolvimento aumenta seis vezes mais rápido - 1,46% ao ano". (Almanaque Abril, 2004)